• Percurso Vermelho

Bem-vindo à Tapada Nacional de Mafra.

Usufrua da sua visita, contemplando e respeitando a natureza.

Não saia do seu trilho, não mexa nem se aproxime demasiado dos animais.

Nas épocas de risco de incêndio, não fume e cumpra as indicações dadas pelos colaboradores da Tapada.

Em caso de emergência, contacte-nos!

Ao longo do percurso terá acesso a diferentes pontos áudio e fotografias para que possa conhecer um pouco melhor a Floresta.

  • Grau de dificuldade: Médio
  • Tempo: 3 horas
  • Distância: 8,2 km’s
  • Elevação: 197 m
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Palacio Nacional de Mafra
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1. Enquadramento histórico

Codeçal

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Vamos iniciar uma aventura: Queremos que conheça a Tapada Nacional de Mafra e a sua história.

O Palácio-Convento de Mafra, obra central do reinado de D. João V, deve a sua origem a uma promessa feita pelo Rei para a fundação de um mosteiro de frades arrábidos, caso a rainha, D. Maria Ana de Áustria, fosse bem-sucedida na conceção de um filho que tardava. Esta promessa cumpriu-se em 1711, ano em que nasceu a princesa Maria Bárbara. No entanto, a edificação só se iniciou em 1717, realizando-se a sua sagração em 1730. O projeto, inicialmente dimensionado para acolher treze frades arrábidos, no final da construção albergou mais de 300.

Em 1744 mandou o Rei comprar os terrenos que irão fazer parte da Real Tapada. São 1201 hectares vedados por um muro de 21km em pedra, com o objetivo de proporcionar um espaço de recreio venatório do Rei e da Corte, bem como para fornecer lenha e água ao Convento.

No sec. XIX, esta área é divida em 3 parcelas com diferentes finalidades.

Em 1941, a área correspondente à Tapada Nacional de Mafra, com 833 ha, é submetida ao regime florestal total, passando a ser gerida numa perspetiva mais ambiental sob administração dos serviços florestais.

Em 1998, é criada a Régie-Cooperativa que assegura a atual gestão deste espaço.

A 7 de Julho de 2019, o Real Edifício de Mafra, constituído pelos Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada de Mafra, é inscrito na Lista de Património Mundial da UNESCO.

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2. Passeriformes

Texugueira

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Escute!! O silêncio da floresta é interrompido pelo canto das muitas espécies de aves que aqui existem.

Está a começar ou a atravessar uma área onde podemos observar ou simplesmente escutar os diferentes cantos.

Sabe quantas espécies de aves existem na Tapada Nacional de Mafra? A diversidade de habitats, permite que aqui se identifiquem mais de 70 espécies de aves. Algumas permanecem aqui todo o ano. Outras, migratórias, servem-se desta floresta como habitat durante parte do mesmo.

Podemos observar diferentes espécies de passeriformes, de tamanho pequeno e médio, um pouco por todo o lado. No entanto, são nas zonas mais arborizadas, como no vale principal e nos das linhas de água secundárias, onde são frequentemente mais observadas.

Os passeriformes podem ser classificados de acordo com o seu regime alimentar: granívoros, insetívoros, omnívoros. Observando-se a forma do bico rapidamente se percebe o respetivo tipo de alimento, pelo que, tendo em conta a presença do mesmo na Tapada, é possível antever onde poderemos observar a espécie em questão.

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3. Mamíferos e a Biodiversidade

Ponte da Barrela

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Quando pensamos em biodiversidade, pensamos em diferentes espécies, normalmente aquelas que para nós são mais comuns ou com as quais nos cruzamos diariamente. No entanto, a biodiversidade é a variabilidade de organismos vivos existentes na Terra, diversidade entre espécies, diversidade genética dentro de cada espécie, mas também diversidade de ecossistemas.

A Tapada Nacional de Mafra é um exemplo de Biodiversidade autóctone, ou seja, encontramos neste espaço variadas espécies naturais do nosso país e de diferentes ecossistemas.

Até ao momento, contabilizam-se da Tapada quase 30 espécies de mamíferos, 70 espécies de aves, mais de 20 espécies de anfíbios, repteis e macrofungos. E cerca de 100 espécies de plantas, entre árvores e arbustos.

Entre o grupo de mamíferos, encontramos aqui desde os mais pequenos e tímidos musaranhos, aos grandes herbívoros como os gamos e veados.

Imagine uma teia de aranha em que cada interceção do fio é uma espécie, e todas sem exceção têm um papel importante para a sustentabilidade da teia. É assim a nossa Floresta!

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4. Celebredo e o Pavilhão do Rei D. Carlos

Celebredo

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Encontra-se no Celebredo! Assim se denomina esta área desde o sec XX, que anteriormente era designada por Salabredo! É neste local, desde sempre a zona mais usada da Tapada, que se concentra o seu principal património edificado.

A relevância atribuída a este local foi descrita, por exemplo, por Júlio Ivo em 1906, em “Monumento de Mafra”, como “E no vale do Celebredo a parte mais agradável e pitoresca desta tapada, existe um palacete onde a família real descansava nos dias de grandes caçadas.”. Estava a referir-se ao edifício atualmente designado por “Pavilhão de Caça do Rei D. Carlos”, reedificado em 1893 a mando deste Rei, sobre um palacete de construção atribuída a D. Maria I, nos finais do sec XVIII.

Atrás deste, encontra-se um grande chafariz, construído em 1885. Como curiosidade, refira-se que já na mesma época foram instaladas condutas que permitiram que o Pavilhão de Caça pudesse ser abastecido com água potável.

Encontramos ainda no Celebredo duas árvores seculares, um Castanheiro-da-Índia e uma Olaia, acreditando-se que a sua plantação terá ocorrido no reinado de D. Luis I por ordem do seu pai, o rei D. Fernando II.

Também aqui está localizado um jardim de matriz romântica, de apoio à “Casa do Salabredo”, e antigas cavalariças.

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5. Anfíbios e Répteis

Ponte da Fórnea

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Atente e observe anfíbios e répteis ao sol, nas áreas mais húmidas junto dos cursos de água, nas beiras dos tanques ou charcas, pedras da ribeira e por vezes até em estruturas humanizadas. Tudo serve quando um anfíbio ou réptil quer um pouco de calor, pois são animais poiquilotérmicos ou mais vulgarmente conhecidos por animais de sangue frio e sem capacidade interna de produzir calor corporal.

Os anfíbios são os únicos animais vertebrados que se desenvolvem por metamorfose. Isto significa que durante a sua vida sofrem uma série de transformações, pelo que o seu corpo de adultos é completamente diferente da forma que tinham quando nasceram.

A sua pele nua requer humidade para favorecer as trocas gasosas e a sua alimentação, reprodução e ciclo de vida estão muito dependes do ambiente aquático, o que faz deste grupo um dos mais frágeis no que se refere ao impacto das alterações climáticas.

Os repteis são caracterizados por apresentarem a pele seca e coberta por escamas ou placas dérmicas como é o caso do Cágado Comum. Alimentam-se de insetos e outros invertebrados, ratos, anfíbios e até de outros repteis.

Na Tapada Nacional de Mafra foram já foram identificadas, pelo menos, metade das espécies de anfíbios e répteis existentes em Portugal, o que revela a importância dos habitats que encerra.

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6. Aves de Rapina

Alto dos Barros

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A Tapada Nacional de Mafra é também ela habitat para as aves de rapina. Estas podem ser facilmente identificadas por terem um porte maior, com asas largas, cujas pontas têm forma de “dedos” à exceção dos falcões. São carnívoras, caçando as suas presas no solo, no ar e muitas vezes na água, e por isso possuem um bico curvo e poderoso e dedos com garras aguçadas para capturar as presas. Os elementos dos dois sexos são semelhantes. No entanto a fêmea apresenta maior porte, pois tem a tarefa de proteção do ninho.

Na Tapada é frequente a observação, nas áreas mais altas e abertas, de um casal de águia de Bonelli, uma espécie de grande porte que aqui nidifica há mais de duas décadas. Especializou-se a caçar outra ave de rapina, de médio porte, a águia de asa Redonda.

No vale principal ou em áreas mais arborizadas, para além de se poderem vislumbrar algumas águias de asa redonda, consegue-se observar as aves de rapina de menor porte ou de baixo voo como o Açor e o Gavião.

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7. Geologia da Tapada

Tojeira

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Observando a morfologia e o relevo da área que compreende a Tapada Nacional de Mafra, com facilidade percebemos a existência de 3 áreas de maior relevo, declives acentuados e um único vale.

A cotas mais baixas temos o vale da ribeira de Sarafujo, cuja erosão nos permite observar rochas do Cretácico inferior, com idades compreendidas entre os 140-130 milhões de anos, contando-nos a história da existência de uma rede intricada e complexa de deltas. Os leitos argilosos traduzem-se em partes do rio ou épocas com menor energia no caudal de água, contrastando com leitos de conglomerados e de brechas cujo transporte requereria uma velocidade de água de mais de 20 cm/segundo.

As áreas a cotas mais altas, a Tojeira, o Sunível e a Abrunheira, revelam-nos 3 chaminés vulcânicas formadas no cretácico superior (entre 83-66 milhões de anos) durante a formação do complexo vulcânico de Lisboa e que deu origem a diversos cones vulcânicos entre Loures, Lisboa e Mafra, bem como ao maciço subvulcânico de Sintra.

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8. Veados e Gamos

Forno de Cal

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De todas as espécies que aqui existem, Gamos e Veados são claramente os mais emblemáticos. No caso dos gamos, o seu porte e capacidades sociáveis excelentes permitem observações durante todo o ano.

São espécies herbívoras, alimentando-se de erva, rebentos de árvores e de arbustos, e de frutos. A época de reprodução ocorre no início do outono, período durante o qual os machos adultos vocalizam para atrair as fêmeas e marcar o seu território. É a denominada “época da brama”. As crias nascem em maio, após 7 meses de gestação.

Os machos das duas espécies apresentam hastes, que são estruturas ósseas de crescimento descontínuo, e que caem na primavera. As de veado são ramificadas e pontiagudas enquanto que as de gamo são espalmadas.

O Veado é a espécie, na Tapada, de maior porte, sendo no entanto menos abundante.

O Gamo é a espécie de cervídeo mais abundante e, comparativamente com o Veado, de menor porte. Ao longo do ano a sua pelagem passa do cinzento escuro homogêneo (outono/inverno) à pelagem mosqueada (primavera/ verão).

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9. Forno de cal

Forno de Cal

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Associado à edificação do grande muro que rodeia toda a Tapada, este forno fazia parte de um conjunto de 3 fornos que produziram a cal usada para agregar as rochas encontradas das imediações e utilizadas nesta construção. O Muro, com uma extensão de 21 km e mais de 3 metros e meio de altura, foi todo feito à mão, e a sua empreitada terá durado cerca de 3 anos (1744-1747).

Para a produção de cal foram usadas as necessárias rochas calcárias, que ficavam em combustão lenta durante pelo menos 4 dias. Muito provavelmente foram usadas rochas provenientes dos restos da construção do Real edifício.

Mais tarde, a partir da segunda metade do Séc. XIX e até 1965, este forno foi usado na produção de carvão, permitindo não só aumentar as receitas da Tapada, mas também controlar a acumulação da biomassa florestal e por consequência mitigar o risco de fogos.

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10. Javalis

Forno de Cal

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As espécies mais emblemáticas da Tapada pela sua ocorrência e possibilidade de observação são os grandes mamíferos: Gamos, Veados e Javalis.

Ainda que o longo do percurso seja frequente a observação destas espécies, as mesmas são, no entanto, frequentadoras assíduas da área onde se encontra. Faça silêncio, não saia do trilho e desfrute das observações

Dependendo da época do ano, do ciclo de vida da espécie e da disponibilidade alimentar momentânea, poderá observar mais ou menos indivíduos.

Os javalis são animais omnívoros oportunistas que fuçam o solo à procura de raízes, frutos e pequenos animais.

Os machos normalmente são solitários, e caracterizados pela presença de dentes caninos muito desenvolvidos, sendo assim chamados de “navalheiros”.

As fêmeas vivem em grupos familiares formados por animais adultos, juvenis e crias do ano.

As crias muito jovens são denominadas de “listados”, pois apresentam riscas longitudinais escuras. Os listados começam a observar-se em meados de março, após um período de gestação de 4 meses.

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11. Algumas espécies de árvores

Ponte da Fórnea

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Ao longo do vale destacam-se algumas espécies de árvores de grande porte; Freixo, Choupo negro, Carvalho e Sobreiro.

Associadas ao ecossistema ribeirinho, ou seja, a solos com grande quantidade de água, promovem abrigo para diferentes espécies de animais como os passeriformes e apresentam grande importância na alimentação dos grandes herbívoros, destacando-se os sobreiros e os carvalhos pela disponibilização das suas folhas e frutos, ou seja, as bolotas.

Os Sobreiros apresentam cortiça, aspeto diferenciador da espécie, que protege naturalmente a árvore do fogo e confere abrigo nas suas fendas aos insetos, servindo de apoio ao crescimento de líquenes e musgos. Na tapada, os sobreiros deixaram de ser descortiçados a partir de 1951.

Pode ser observado, no percurso pedestre amarelo, um sobreiro centenário, classificado como árvore de interesse público.

Ao longo dos séculos, a pressão exercida pela necessidade de disponibilização de grandes quantidades de lenha para fazer face às necessidades do Palácio-Convento, foram motivos para alterações dos povoamentos florestais da Tapada. Só durante as invasões Francesas e tendo a Tapada sido incluída na 2ª linha defesa das linhas de Torres, foram abatidas cerca de 50 mil árvores para as fortificações. No entanto há registos de diferentes campanhas de reflorestação, nomeadamente em 1860 (reflorestação a mando do Rei D. Fernando II) e em 1940, onde foram sempre contempladas estas 4 espécies, a par com oliveiras e os plátanos que compõem o vale principal.

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Bica do Guardião

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12. A água e sistema hidráulico

Celebredo

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Está perto de um dos pontos de água que fez parte do sistema hidráulico essencial para a vivência do Palácio–Convento. A água que o abastecia era conduzida por cerca de 5km desde a Tapada, e provinha de um complexo sistema composto por minas, poços, nascentes, tanques, lagos, aqueduto (aéreo e subterrâneo), reservatórios, fontes, chafarizes e nora, que no final do seu percurso, no Jardim do Cerco, abastecia um grande lago de pedra.

Esta grande obra de engenharia foi encomendada pelo Rei D. João V, em 1738, ao Engenheiro Militar Manuel da Maia, tarefa terminada ainda nesse ano. O traçado adapta-se à topografia, rodeando as elevações e aproveitando a força gravítica para a condução da água.

Sendo que maioria dos pontos de adução de água destinavam-se ao uso do Real Edifício, as restantes nascentes eram usadas na Tapada para a rega e bebedouros de cavalos, gado e caça.

Existem referências aos diferentes chafarizes e tanques da Tapada, especialmente na transumância de gado durante a época das invasões francesas, em que era atravessava.

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A.Saraiva (1)
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13. Ecossistema Ripícola

Ponte da Barrela

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Olhe à sua volta! Repare nas diferentes árvores que crescem perto umas das outras, tornando a área mais cerrada e húmida. No inverno ouve-se a água a correr ou o coaxar das rãs ao longo das margens desta ribeira, denominada de “Sarafujo”, e nas suas linhas afluentes secundárias. Não sendo uma linha de água permanente, e como tal sem caudal em parte da primavera e ao longo do verão, a humidade que se mantém nas margens pela existência de árvores de grande porte, musgos e líquenes, forma um ecossistema muito diversificado, acolhendo uma diversidade de insetos e pequenas aves que destes se alimentam, sem esquecer os anfíbios e repteis.

Composto essencialmente por árvores folhosas, cujas folhas e frutos contribuem para a alimentação de diversas espécies, observa-se neste ecossistema a relação e interdependência de diversos grupos de animais e plantas.

A presença de insetos e a temperatura mais estável e amena, faz do vale uma área favorável para a existência de morcegos. Estes pequenos mamíferos, únicos com capacidade de voo, alimentam-se exclusivamente de insetos. As espécies aqui existentes são maioritariamente arborícolas, ou seja, encontram nos troncos ocos das árvores que compõem o vale, o espaço certo para se abrigarem, vivendo em colónias.

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14. Azerves

Rua Principal

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Está junto de uma estrutura usada para a caça, denominado azerve.

A caça sempre esteve ligada à história da Tapada. Um dos objetivos para a sua criação foi possibilitar um local privilegiado para atividades venatórias da corte.

D. Carlos, exímio caçador tanto de caça menor (nomeadamente coelho, galinhola e perdiz), como de caça maior (como o javali, gamo ou veado), foi um dos reis que mais frequentou a Tapada para esta atividade.

Os Azerves são estruturas para resguardo do caçador, podendo ser permanentes, em pedra e com forma de meia lua, ou temporárias, feitas com urzes e caniças.

Atualmente utilizam-se palanques, estruturas sobrelevadas em madeira, para apoio à atividade cinegética, nomeadamente na caça ao javali, como ferramenta de controle populacional desta espécie, uma vez que não tem predadores naturais.

Os azerves e os palanques são utilizados no processo de caça “de espera”, sendo que há registos, especialmente durante a época do “Estado Novo”, de caçadas pelo processo de “batida”, no qual se recorre a “batedores” para orientar a caça para junto do caçador.

Os palanques são também usados para observação da fauna da Tapada.

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15. Casas Florestais

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Quase no final do seu percurso, ainda temos para lhe contar que aqui existem registos de edifícios desde o século 18. A área que compõe a Tapada tinha proprietários, e aqui viviam famílias que venderam os terrenos ao Rei D. João V.

As vicissitudes que a Tapada viveu, com a exploração exaustiva de madeira durante as invasões francesas e a falta de atenção a que esteve sujeita em diferentes períodos, nomeadamente na 1ª guerra mundial, promoveu a deterioração de muitos edifícios bem como da área florestal.

A partir de 1941 e com a sua inclusão na orbita de gestão da Direção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, foram contruídas 12 casas para habitação e função de “Guardas Florestais” e para serviços administrativos. Foi ainda nessa época requalificado um antigo edifício localizado no Celebredo, junto ao Pavilhão de Caça do Rei D. Carlos, usado como edifício de administração e estadia do administrador da Tapada à época, o Eng.º Segismundo Saldanha. Esta edificação foi entretanto convertida para a atividade de alojamento local, podendo ser usada para este efeito.

As casas florestais apresentam todas uma arquitetura muito semelhante e foram estrategicamente localizadas para facilitar a vigilância do perímetro florestal.

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